Trechos - Quotes do livro: Morada das Lembranças

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“Feridas podem ser transformadas em perolas e dificuldades podem ser transformadas em desafios. Mais ainda, um testemunho de que os desafios são os “bordados” coloridos que se expressam no “tecido da vida”  Mônica Guttmann sobre o livro morada das lembranças."

“Entrelaçamos nossas historias, fiz dela a possibilidade da menina que não fui, e ela teve em mim o que lhe faltava.”

“Somos feitos das escolhas que fazemos ou das que deixamos escapar? Nunca saberemos. São tantas teorias a respeito do que somos de fato que, ás vezes, nos perdemos no básico. Somos resultados entre o vácuo e o preenchimento, escuro e claro, doce amargo, amores e dissabores, derrota e vitória, vigor e fragilidade, firmeza moral e fraqueza de caráter.”



“Eu precisava deixar o passado no lugar em que ele me fora roubado. Ele não servia a ninguém. O que uma pessoa pode fazer tendo o passado de outra em suas mãos?”


“Cada noite eu podia viajar com meu pai para um lugar diferente, desses que existem na imaginação. Esse é o poder que uma palavra bem falada tem. Você pode ir a onde quiser, é só se deixar levar por ela.”




“Talvez. Somente talvez, a morte seja o fim mais tranquilo, ela traz à vida a ausência de sofrimento. Ela é plena.”
“Sou o que sou, nunca me perguntaram se consigo carregar a bagagem que vem com minha raça. Com minha religião. Temos de carregar aquilo com o que nascemos, ou seja o que for.”

“Fatalmente muitas guerras virão, nem todas matam pessoas, algumas servem para construir reinos, estabelecer fronteiras, mas algumas guerras travadas já começam perdidas.
“Nossa vida é como esse lago. Podemos escolher se caminhamos para a direita ou para a esquerda, se subimos para a floresta, se caçamos ou se só comeremos frutos a vida inteira, se casamos, se teremos filhos ou não, mas a paisagem é aquela. Nossa espécie já está definida com tudo que vem com ela. Descobri que, quando não temos armas para lutar uma guerra especifica, é melhor fugir e lutar outra.”



“Se a esperança continua a existir no final de cada gesto de dor, de cada batalha travada, então ainda há o que viver nesta vida. Isso nos tornava iguais. O que nos diferenciava era nossa educação, nossa cultura, nossos valores.”


“Um abismo que se abre no peito e, às vezes, quando a melancolia nos engole, nos perdemos de nós e encontramos aquilo que ficou guardado e do qual não gastaríamos de saber em nós.”

“Vagas sensações de estranheza e de inadequação passavam por nossos pensamentos e subiam por nossa espinha. Nada do que sentíamos ali era fortalecedor ou construtivo, salvo para endurecer nosso próprio espirito.”

“Era um otimista. Acreditava na força do ser humano, em sua capacidade de mudar e de fazer melhor. Talvez tenha descoberto isso nas inúmeras páginas em que seus olhos percorreram e em mundos e palavras escritas por homens que sabiam o que outros não sabiam.”


“ E esse é o caminhar da vida infinita. Uma gangorra, um sobe e desce com alguns momentos de equilíbrio.”


“ Sei quem sou, sei quem fui, sei o que fiz e o que não fiz, sei por quantos caminhos andei, sei quantas vezes precisei gritar, pois ninguém me ouvia, sei também quantas milhares de vezes necessitei calar para não perder a vida e em quantas moradas estive até chegar a derradeira, e nada do que me disseram mudará o que há em mim.”

“ A solidão, quando não é escolhida, tolhe nossos movimentos, deixa-nos sem ar, tranca as palavras que poderiam correr em frases soltas em um velho baú escondido no fundo de nossa alma. E ás vezes ele trasborda.”

“Todos tem um baú. Um lugar no qual podemos largar velhos e novos sentimentos que não nos cabem no dia a dia.”


“Cada morte leva consigo um pequeno pedaço nosso e assim seguimos, às vezes esburacados, às vezes mais fortes.”


“Como se o tempo que levamos para crescer fosse um opção. Quantas crianças não prefeririam permanecer pequeninas, pois em sua pequenez eram felizes? E quantas outra, por insurgência da vida, precisavam desesperadamente virar gente grande e se apropriar sabe Deus do que, para poder prosseguir?”

“Paz eterna é um lugar? Um sentimento? Um sentido pelo qual viver? Meus pais teriam escolhido ficar ao nosso lado. Eles não puderam escolher a hora de morrer. Eles fizeram escolhas que encaminhariam sua vida para aquele caminho. Por quê? Para quê? Por nós?”
“assim aprendi que o pior tipo de perda é a da pessoa que perdemos, mas que continua viva ao nosso lado.”


“Carregar muitas historias sem conta-las, tendo muitas vidas que guardar, nos torna pessoas pesadas, por demasiado entristecidas. Acumulamos palavras. Cisamas, pensamentos, dores e aprendizados que nos deformam e, ao mesmo tempo, também formam nosso caráter e aquilo que podemos oferecert a nos mesmos e aos que estão conosco.”


 
“Precisamos sair, assim, de nossa zona de conforto, aquela tão procurada, em que nada se movimenta, nada cresce, nada muda, mas que também não há dor nem feridas. O preço é alto se permanecermos ali. Bravos e corajosos são aqueles que fizeram de sua vida uma historia a ser compartilhada.” 



Por: Carol Cadiz

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